“O ESG entrará nas empresas por consciência, inteligência ou necessidade”, avalia especialista

É clara a relevância que a agenda ESG (sigla em inglês para políticas ambientais, sociais e de governança) vem recebendo nos últimos tempos. Uma pesquisa divulgada na semana passada pela Fundação Dom Cabral em parceria com a XP corretora apontou que não apenas os stakeholders, mas o próprio mercado financeiro influencia e pressiona o ambiente corporativo a buscar melhorias alinhadas com esse propósito. 86% dos entrevistados afirmaram que as organizações que não adotarem uma gestão alinhada ao ESG sofrerão impactos negativos no futuro.

Para o especialista em ESG, compliance e integridade Luiz Fernando Lucas, autor do livro “A Era da Integridade – Homo Conscious – A Próxima Evolução” (Editora Gente), três pontos têm potencial para fazer as organizações reagirem a essas mudanças tão necessárias: a consciência, a inteligência ou a necessidade.

“No ideário, a agenda não deveria ser construída sobre um movimento reativo ou por pressão, mas sim pela consciência do impacto e da importância dessas ações na construção de um futuro melhor. Mas, se não for por consciência, ainda pode ser por inteligência, pois uma empresa verdadeiramente ESG consegue atrair mais investidores, manter melhores talentos e conquistar mais oportunidades de negócios com esse público cada vez mais exigente. Por fim, se não se alinhar por consciência ou inteligência, terá de o fazer por necessidade. Afinal, esse é apenas o início dessa nova era no mundo dos negócios e aparentemente veio para ficar”, avalia o especialista.