12 de maio de 2024

Fórum debate características do novo líder, desafios em diversos setores e a importância da inteligência emocional

Organizado pelo IFL-SP, maioria do conteúdo está disponível online


Por Redacao 019 Agora Publicado 23/09/2021
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Fórum debate características do novo líder, desafios em diversos setores e a importância da inteligência emocional
Organizado pelo IFL-SP, maioria do conteúdo está disponível online

“O novo líder” foi o tema do 8º Fórum de Liberdade e Democracia, evento promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (“IFL-SP”) que aconteceu nesta sexta-feira, dia 17.

O conteúdo de todas as palestras, com exceção da de Daniel Goleman, pode ser acessado gratuitamente na página do IFL-SP, pelo site forumsp.org ou pelo Youtube:


O Evento contou pela manhã com a palestra de Luiz Felipe Pondé, professor, autor e filosofo com o tema “Liderança sobre uma perspectiva filosófica”. Seguindo da Expert Session realizada pela FRST.

Os painéis de debates começaram durante o período da tarde. Introduzindo o primeiro painel, “América Latina: o que falta para o ‘futuro’ chegar?”, o ex-presidente Michel Temer comentou sobre a necessidade de enxugar a máquina pública para que assim haja crescimento no país. Além disso, ainda ressaltou a importância de parcerias em setores como da saúde e educação.

“Quanto mais privatizarmos nosso país, mais nós estaremos desenvolvendo o Estado brasileiro”, disse.

Mediado pelo âncora da BandNews FM, Felipe Moura Brasil, o painel também contou com Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, que frisou a importância da segurança democrática para alavancar a economia e diminuir a pobreza.

Painel – Novas Teses de Investimento: haverá retorno no longo-prazo?

O segundo painel foi mediado por Fernando Ulrich, economista e especialista em criptomoedas, com a participação do professor de finanças da Stern School of Business, na Universidade de New York, Aswath Damodaran, e Florian Bartunek, fundador da gestora de fundos Constellation e conselheiro do IFL-SP.

A discussão abordou temas como a valoração de empresas no cenário atual, como a inflação tem afetado os negócios, o desenvolvimento das práticas de ESG, os Non-fungible tokens e as previsões para o bitcoin no mercado.

Sobre o bitcoin, o professor da NYU comentou que a atenção que damos à moeda é desproporcional diante de seu lugar na economia. Segundo ele, a criptomoeda será sim o futuro, mas não o bitcoin, que, em sua opinião, é mal desenhado.

“Ele é ineficiente por muitos motivos, como por exemplo, o número de transações. Apenas para ficar em um exemplo, em uma ocasião fiz uma pergunta para uma audiência e menos de 5% das pessoas usavam o bitcoin para comprar algo. Muitos são entusiastas, mas não realizam transações de fato”, afirmou.

Masterclass – O futuro da educação

Ministrada por Alvaro Schocair, CEO da Quebec Impact Assets e um dos mais influentes economistas do Brasil e fundador da faculdade Link School of Business, a masterclass contou um pouco da trajetória do profissional, remetendo a todo seu sucesso na área da educação.

O economista também apontou como o mundo mudou e não é mais necessário pagar por cursos na internet, atualmente toda transmissão de conhecimento está na palma da mão. A única coisa que ainda não temos é a objetificação desse conhecimento, o aluno contemporâneo quer aprender apenas o que importa. Ele também citou a necessidade da transmissão adequada, da ordenação e da aplicação do conhecimento.  

Painel – Fast moving companies: qual o papel do líder na inovação?

O 3º painel do evento teve mediação de Bruno Perini, idealizador e dono do site e canal do YouTube “Você MAIS Rico”, com participação de Eduardo L’Hotellier, CEO e fundador da GetNinjas, Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood, e Augusto Lins, um dos sócios fundadores da Stone Pagamentos e presidente da StoneCo.

Além de compartilharem sobre o cotidiano e os valores das respectivas empresas, o grupo deu dicas valiosas de como reger um negócio de forma contemporânea, de olho nas tendências do mercado e sempre apostando na inovação que vem atrelada às fast moving companies.

Além disso, discutiram como identificar novos líderes dentro de uma empresa e de que maneira é possível agregar mais diversidade às empresas, saindo do pensamento de manata.

“Às vezes a gente olha para esses movimentos fortes e critica o movimento, mas vamos assumir primeiro o problema. O que não pode acontecer é forçar a jornada e o que a gente tenta evitar no iFood é o exagero. Você não vai resolver um problema estrutural no Brasil de quinhentos anos em trinta dias, nem em sessenta e nem dois anos”, apontou Barreto. 

Prêmio Liberdade 

O Prêmio Liberdade, que é concedido anualmente pelo IFL-SP, e leva em consideração critérios com excelência, valores, impacto positivo na sociedade e a defesa pela liberdade foi concedido ao David Velez, fundador e CEO do Nubank.

Painel – Crise: desafios de liderar na adversidade

Com a mediação do autor e doutor em filosofia, Dennys Xavier, o debate teve participação de Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina, Eduardo Ourivio, fundador do Grupo Trigo, e Henrique Viana, fundador e diretor executivo do Brasil Paralelo.

O bloco iniciou com o grupo discutindo sobre gestão de crise e como é essencial que nesses momentos o líder haja com rapidez, proatividade e assuma os riscos. Além disso, comentou o quanto a burocracia brasileira interfere nessa situação, dificultando a tomada de decisão e agravando os sintomas.

“O caso da Uber é emblemático, onde existiam muitos debates de lei que questionavam  ‘Qual é o  nosso papel? É esperar a regulamentação ou continuar inovando, desafiando e forçar a parte de regulamentação de leis a nos acompanhar?’ Essa tomada de decisão é uma característica que nasce dado ao nosso cenário político-econômico”, apontou Claudia.

Inteligência Emocional

Guiada por Marcio Ramos, presidente do IFL, a conversa teve como convidado o renomado psicólogo e autor do livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman.

“Hoje temos décadas de dados mostrando que ajudar pessoas, executivos, gerentes, a desenvolver habilidades emocionais faz com que a empresa se torne mais rentável, cresça mais. As pessoas performarem melhor tem a ver com seu engajamento, com o sentimento de bem-estar, e isso causa melhoria nas relações.”

O profissional explicou o modelo de inteligência emocional em quatro partes: consciência própria, consciência social, gestão de relacionamento e gestão própria.

“Esses são elementos chave para o equilíbrio emocional, o que resulta em alta performance e atividade cerebral”, disse.

Ressaltou também como o sentimento de pertencimento gera segurança psicológica, e o domínio da inteligência emocional é uma ferramenta de análise primordial para potencializar os resultados da empresa

“O Google analisou suas equipes de melhor desempenho e perceberam que a segurança psicológica era a principal característica dos melhores times. Então se eu me sinto confortável, fico mais à vontade para lidar com conflitos.”, exemplifica o autor.