14 de maio de 2024

Síndrome da pessoa rígida: doença autoimune rara debilita a atividade motora

Patologia também atinge órgãos respiratórios, dificultando o funcionamento dos pulmões


Por Redacao 019 Agora Publicado 23/01/2022
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Um estudo multidisciplinar realizado pelos pesquisadores Gabriel Lopes, Cassio Hartmann, Fábio Vieira, Bensson Samuel e Sandra Hartmann, com o apoio da Logos University International e publicado na Cognitionis, analisa uma doença rara pouco falada: a Síndrome da Pessoa Rígida (nome traduzido do inglês Stiff-Person Syndrome).

A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) se caracteriza pela rigidez dos músculos do tronco e das extremidades.

Além disso, o paciente também sofre de episódios de espasmos dolorosos, prejudicando a sua musculatura axial e apendicular.

Trata-se de uma doença neurológica autoimune rara, descrita primeiramente em 1956 pelos pesquisadores Moersch e Woltman.

O cientista e docente da UNILOGOS Gabriel Lopes explica como a doença pode ser identificada:

“O diagnóstico é baseado na presença do anticorpo anti-glutamic acid decarboxylase (Anti-GAD), que reduz a produção do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) ocasionando comprometimento muscular”, pontua. 

Lopes destaca que a doença pode gerar graves consequências ao paciente:

“Órgãos como traquéia e laringe são afetados, dificultando o transporte de oxigênio até os pulmões, comprometendo o coração e provocando espasmos e engasgos na deglutição”.

De acordo com o estudo, o tratamento da patologia deve ser feito com o uso de remédios prescritos pelo médico neurologista. 

Assim, a pesquisa conduzida pela Logos University International realizou um profundo estudo de caso de uma bailarina clássica acometida pela doença.

Segundo o artigo, o primeiro sintoma sofrido pela bailarina foi um quadro de desequilíbrio e alteração da sensibilidade nos membros quando ela tinha 37 anos.

SINTOMAS

Os sintomas da paciente evoluíram no decorrer dos meses. “Ela passou a apresentar fadiga crônica, déficit motor e também taquicardia, que consiste no aumento da frequência cardíaca”. 

“Mesmo realizando acompanhamento médico, no decorrer dos anos os sintomas evoluíram e as dores se intensificaram, surgindo também dormência e queimação em ambas as mãos e membros inferiores. “

Embora a primeira crise dela ocorreu em 2003 “somente em 2014 um neurologista confirmou o quadro da Síndrome da Pessoa Rígida“, relata Gabriel Lopes, Professor e Pesquisador da Unilogos.

Devido ao quadro progressivo de redução de força nos membros inferiores, a bailarina necessitou de cadeira de rodas para poder se locomover.

Saiba o que é a Síndrome da Pessoa Rígida, uma doença autoimune rara e fatal

Além de debilitar a atividade motora, patologia também atinge atinge órgãos respiratórios

Em um estudo multidisciplinar que realizei em conjunto com os pesquisadores Cassio Hartmann, Fábio Vieira, Bensson  Samuel e Sandra Hartmann, com o apoio da UNILOGOS e publicado na revista científica Cognitionis, analisamos uma doença rara pouco falada: a síndrome da pessoa rígida (nome traduzido do inglês Stiff-Person Syndrome).

A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) se caracteriza pela rigidez dos músculos do tronco e das extremidades. Desse modo, o paciente também sofre de episódios de espasmos dolorosos, prejudicando a sua musculatura axial e apendicular. Trata-se de uma doença neurológica autoimune rara, descrita pela primeira vez em 1956 pelos pesquisadores Moersch e Woltman.

O processo para identificar a doença, portanto, é complexo e exige um diagnóstico baseado na presença do anticorpo anti-glutamic acid decarboxylase (Anti-GAD), que reduz a produção do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) ocasionando comprometimento muscular.

A doença pode gerar graves consequências ao paciente: órgãos respiratórios como traquéia e laringe também são afetados, dificultando o transporte de oxigênio até os pulmões, comprometendo a função do coração e provocando espasmos e engasgos durante a deglutição. O tratamento da patologia exige, portanto, uso de remédios prescritos pelo médico neurologista. 

Estudo de caso

Em primeiro lugar, a pesquisa conduzida pela Logos University International, realizou um profundo estudo do caso de uma bailarina clássica acometida pela doença.

O primeiro sintoma sofrido pela bailarina foi um quadro de desequilíbrio acompanhado por alteração da sensibilidade nos membros quando ela ainda tinha 37 anos.

Ademais, os sintomas da paciente evoluíram e ela passou a apresentar fadiga crônica, déficit motor e também taquicardia, que consiste no aumento da frequência cardíaca.

Mesmo realizando acompanhamento médico, os sintomas evoluíram e as dores se intensificaram, surgindo também dormência e queimação em ambas as mãos e membros inferiores.

Embora a primeira crise da paciente tenha sido em 2003, somente em 2014 um neurologista confirmou que era um caso de Síndrome da Pessoa Rígida.

Devido ao quadro progressivo de redução de força nos membros inferiores, a bailarina passou, por fim, a necessitar de cadeira de rodas para poder se locomover.


Sobre Gabriel Lopes

Gabriel Lopes é PhD em Psicanálise (California University, Los Angeles), Doutor em Educação (Sastra Angkor University, Phnom Penh) e Mestre em Administração (City University, Phnom Penh). É Reitor da Logos University International (Unilogos) e Membro da Comissão Científica da Revista Educandi & Sanitas
Gabriel Lopes, PhD em Psicanálise e Reitor da Logos University International (Unilogos)

Gabriel Lopes é PhD em Psicanálise (California University, Los Angeles), Doutor em Educação (Sastra Angkor University, Phnom Penh) e Mestre em Administração (City University, Phnom Penh). É Reitor da Logos University International (Unilogos) e Membro da Comissão Científica da Revista Educandi & Sanitas