10 de maio de 2024

Osteoporose deve ser prevenida muito antes da menopausa

No Dia Mundial da Osteoporose, especialista da Santa Casa de Piracicaba dá dicas de como identificar, prevenir e cuidar


Por Redacao 019 Agora Publicado 20/10/2021
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A ginecologista e obstetra Milena Goes
No Dia Mundial da Osteoporose, a ginecologista e obstetra Milena Goes, especialista da Santa Casa de Piracicaba, dá dicas de como identificar, prevenir e cuidar

A osteoporose é uma doença silenciosa e muitas vezes o primeiro sinal já é a fratura. O alerta é da ginecologista e obstetra da Santa Casa de  Piracicaba, Milena Goes, que ressalta ainda que é preciso pensar e prevenir a osteoporose muito antes da menopausa.

“A osteoporose é quando ocorre a diminuição da massa óssea deixando os ossos mais frágeis e com aumento do risco de fraturas. O grande problema está no fato de que a osteoporose é uma doença silenciosa. Muitas vezes o primeiro sinal já é a fratura”, explica Milena.

Estudo publicado em janeiro pela IOF (Federação Internacional da Osteoporose, em português) informa que, sem apresentar sintomas, a osteoporose causa mais de 8,9 milhões de fraturas por ano em todo o mundo, resultando em uma fratura osteoporótica a cada 3 segundos.

Calcula-se que a doença afete 200 milhões de mulheres mundialmente. Por todo planeta, 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofrerão fraturas osteoporóticas, assim como 1 em cada 5 homens com mais de 50 anos. Existe uma estimativa de que ao redor do mundo aconteçam cerca de 9 milhões de fraturas por ano, 1 a cada 3 segundos.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros são afetados pela doença, que pode ser evitada com hábitos saudáveis como exercícios físicos, boa ingestão de cálcio pela dieta alimentar e a exposição diária ao sol, por, pelo menos, 15 minutos ao dia. “O Impacto é enorme. Em um ano após uma fratura de quadril, por exemplo, cerca de 20% das pessoas morrem e 80% não conseguem mais fazer as atividades do dia a dia”, salienta a ginecologista.

De acordo com a ginecologista Milena Goes, entre os indicadores de risco para desenvolver a osteoporose estão ser mulher, ter 60 anos ou mais, raça branca ou asiática, antecedente familiar para osteoporose, artrite reumatóide e diabetes. “Mas existem vários fatores de risco que são possíveis de modificar como o baixo peso, alguns medicamentos que levam a perda de massa óssea como corticoides, não consumir álcool em excesso, não fumar, nem ser sedentária”, enfatiza.

Milena reforça que a estratégia para a saúde óssea envolve dieta balanceada, com adequado consumo de cálcio e vitamina D (tomar 15 minutos do sol da manhã) e atividade física regular. “E não tem que esperar entrar na menopausa para prevenir, não! O hábito começa desde cedo. É durante a adolescência, fase com maior ganho de massa óssea e de cálcio, chegando a 95% até os 19 anos, que os cuidados devem começar. Então é essencial nessa fase uma dieta nutritiva, além da prática de atividade física potencializando o ganho de massa óssea”, completa.

Atividades como musculação, pilates, que melhoram a flexibilidade e o equilíbrio na prevenção de quedas e os aeróbicos, como caminhada, para adquirir resistência cardiovascular, são excelentes para prevenir osteoporose. A dica, segundo Milena, é Iniciar atividades físicas 3 vezes por semana por 30 minutos e aumentar progressivamente.