06 de maio de 2024

Cigarro Eletrônico: uma ameaça oculta aos jovens

Desvendando os perigos do crescente uso do cigarro eletrônico entre a juventude no Brasil


Por Redacao 019 Agora Publicado 28/08/2023
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Cigarro Eletrônico uma ameaça oculta aos jovens Desvendando os perigos do crescente uso do cigarro eletrônico entre a juventude no Brasil
Desvendando os perigos do crescente uso do cigarro eletrônico entre a juventude no Brasil

Desenvolvidos inicialmente como substitutos para o cigarro convencional, os cigarros eletrônicos, idealizados na década de 60 nos EUA por Herbert A. Gilbert, e depois aprimorados em 2003 pelo chinês Hon Lik, revelaram um lado mais sombrio: estão sendo consumidos por aqueles que nunca fumaram antes, sobretudo os jovens.

Disponíveis em diversos formatos – semelhantes a cigarros, canetas, pen drives e até tanques – todos têm o intuito de simular a sensação de fumar um cigarro convencional.

O mecanismo? A nicotina é diluída em propilenoglicol e convertida em fumaça através de um vaporizador. Um detalhe importante: a concentração de nicotina geralmente é muito superior à encontrada nos cigarros tradicionais.

O alarmante consumo jovem

O Dr. Marcio Ajudarte Lopes, renomado profissional da FOP-UNICAMP e membro da Câmara Técnica de Políticas Públicas do CROSP, destaca as consequências devastadoras do uso desses dispositivos. Além da alta dependência química, eles introduzem substâncias tóxicas, como formaldeído e metais pesados, ao organismo, aumentando o risco de câncer, principalmente de pulmão e boca.

A tendência crescente entre os jovens é uma preocupação particular. Muitos iniciam esse hábito ainda no ensino fundamental. E estudos mostram que esses usuários têm maior propensão a consumir também o cigarro convencional.

Legislação e Proibições

Apesar dos avanços significativos no combate ao tabagismo no Brasil, com leis como a Lei Antifumo Federal, ainda enfrentamos desafios. O consumo de alternativas ao cigarro, como o cigarro eletrônico, está crescendo, principalmente entre os jovens.

Em 2009, a Anvisa proibiu a venda, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar. Mas, apesar das proibições, a venda ilegal é comum e preocupante.

Alerta

Próximo ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, é crucial que as sociedades e conselhos de classe, como o CROSP, amplifiquem a mensagem sobre os riscos associados aos cigarros eletrônicos e similares, principalmente para os jovens.

Os Riscos em Detalhes:

  • Dependência à nicotina.
  • Presença de mais de 80 substâncias químicas, incluindo agentes cancerígenos.
  • Aumento do risco de doenças como trombose, AVC, hipertensão e infarto.
  • Probabilidade triplicada de o usuário também consumir cigarros convencionais.

O combate ao uso do cigarro eletrônico, portanto, é mais do que necessário. É uma urgência.