Tudo o que você precisa saber sobre infertilidade
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 15% dos casais do mundo são inférteis, o que representa 1 a cada 5 casais. Mas afinal, o que é a infertilidade?
Junho é o mês mundial de combate e conscientização da infertilidade, mas se você não sabe o que é a doença, o que causa, como identificar, tratar e outras informações, o especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, responsável técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, nos ajudará a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 15% dos casais do mundo são inférteis, o que representa 1 a cada 5 casais. Mas afinal, o que é a infertilidade?
Frantz afirma que uma pessoa ou o casal é infértil quando no período de 12 meses não consegue chegar a uma gestação tendo relações sexuais regularmente sem métodos contraceptivos. Mas, em casos de mulheres com mais de 35 anos, o tempo cai para 6 meses.
“A doença atinge 15% dos casais em idade reprodutiva. Devido à tendência em deixar para engravidar mais tarde, alguns estudos já apontam para uma taxa de 20%”, afirma Frantz.
A infertilidade tem dois diferentes tipos: a primária e a secundária.
“A primária tem diagnóstico quando um casal está querendo ter filhos pela primeira vez e não consegue chegar ou manter uma gravidez após 12 meses de tentativas. Enquanto a secundária é quando casais que já têm pelo menos um filho não conseguem engravidar novamente ou sustentar uma gravidez até o nascimento do bebê”, explica Frantz.
Causas e influências
Estima-se que 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem problemas para engravidar, podendo ter causas masculinas, femininas ou em ambos.
Segundo Frantz, as principais causas femininas que contribuem para a infertilidade são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, comprometimento das trompas e idade avançada.
Já nos homens, a obstrução dos canais ejaculatórios por infecções ou vasectomia, distúrbios que tenham afetado os testículos na infância, diminuição na quantidade. Ou na motilidade dos espermatozoides e outros.
Também existem fatores como a qualidade de vida, estresse, fumo, álcool, alterações de peso e dieta, doenças pré existentes ou doenças que surjam ao longo da vida como o câncer, que podem fazer com que uma pessoa fique infértil.
Vale ressaltar que um estudo feito pela Medical College of Georgia, nos EUA, trouxe informações importantes de que 17% das mulheres que participaram do estudo e que apresentaram uma infertilidade inexplicável tinham variantes genéticas que poderiam causar doenças como o câncer no futuro.
Já era sabido que a infertilidade tinha ligações com doenças. Mas ainda não havia a descoberta que a infertilidade poderia ser um sinal de que essa pessoa poderia ter uma grave doença no futuro.
Como identificar
Se você está suspeitando ser infértil, primeiramente é preciso procurar um especialista e explicar o seu caso. Assim, haverá a solicitação de alguns exames e após os resultados será possível chegar a um diagnóstico ou prolongar a investigação.
“Para as mulheres são exames como dosagem hormonal, ultrassonografia transvaginal, contagem de hormônio anti-mulleriano, biópsia de endométrio e entre outros. Já para os homens, o espermograma e teste hormonal são os principais, mas também existem outros”, explica Frantz.
Tratamentos de reprodução humana
Após a identificação do problema, se não houver um resultado satisfatório com outros tipos de tratamentos para reverter o quadro, pode-se utilizar alguns métodos de tratamentos reprodutivos, de acordo com Frantz, entre eles estão:
- Fertilização in vitro (FIV): Processo em que a fertilização dos gametas é feita em laboratório. Os pré-embriões são transferidos para o útero da mãe, onde será desenvolvida a gestação.
- Inseminação artificial: procedimento em que o sêmen é preparado e inserido diretamente no interior do útero. Com o objetivo de aproximar o espermatozoide do óvulo, facilitando a sua fertilização.
- Coito programado: relação sexual programada, com uso de medicamentos para indução da ovulação.