14 de maio de 2024

Amanda Albach é sepultada em Fazenda Rio Grande

Jovem foi encontrada morta na tarde de sexta (3), em Santa Catarina. Segundo as investigações, ela foi obrigada a cavar a própria cova antes de ser assassinada.


Por Redacao 019 Agora Publicado 05/12/2021
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Amanda Albach
A jovem Amanda Albach – Foto: Redes Sociais

O corpo da promotora de vendas Amanda Albach, de 21 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba, na manhã deste domingo (5).

Amanda Albach, que estava desaparecida desde 15 de novembro, foi localizada na tarde de sexta (3), enterrada na praia Irapirubá Norte, em Laguna (SC).

A Polícia Civil chegou ao local depois da prisão temporária de 3 suspeitos, 2 homens e 1 mulher. Eles foram detidos em Canoas (RS), na quinta (2).

A mulher, segundo a polícia, era amiga de Amanda.

O ASSASSINATO DE AMANDA ALBACH

Amanda Albach
A promotora de vendas Amanda Albach – Foto: Facebook

O corpo da jovem, que estava desaparecida desde 15 de novembro, foi localizado na tarde de sexta (3), enterrado na praia Irapirubá Norte, em Laguna (SC).

A Polícia Civil chegou ao local após a prisão temporária de três suspeitos, dois homens e uma mulher. Eles foram detidos em Canoas (RS), na quinta (2).

A mulher, segundo a polícia, era amiga de Amanda.

ENTENDA O CASO DA JOVEM MORTA EM SC QUE FOI OBRIGADA A CAVAR A PRÓPRIA COVA

A promotora de vendas Amanda Albach, encontrada morta na sexta-feira (3) na praia de Itapirubá, em Imbituba (SC), foi obrigada a cavar a própria cova, segundo a Polícia Civil.


A jovem foi assassinada com dois tiros por, supostamente, fotografar um homem armado, com histórico de tráfico de drogas, na mesma casa onde estava com amigos.

Ela teria enviado as imagens a terceiros. O homem temeu ser denunciado e cometeu o crime, de acordo com a investigação.


Segundo a polícia, o criminoso afirmou que obrigou a vítima a caminhar com a pá e cavar a própria cova antes de efetuar os disparos.

Amanda Albach
Amanda Albach foi obrigada a cavar a própria cova – Foto: Polícia Civil

TRÊS PESSOAS PRESAS; UMA DELAS AMIGA DA VÍTIMA


A polícia prendeu 3 pessoas em Canoas (RS), uma delas amiga da promotora, suspeitas de envolvimento no crime.
Um dia antes de desaparecer, em 15 de novembro, Amanda foi vista no beach club P12, em Jurerê Internacional, região nobre de Florianópolis.


O corpo foi encontrado a 90 km da capital, descoberto pela polícia após a prisão dos suspeitos. Um deles indicou o local onde a jovem foi enterrada, segundo o delegado Bruno Fernandes, da Delegacia de Investigação Criminal.


Amanda Albach morava em Fazenda do Rio Grande, cidade próxima de Curitiba (PR), e foi passar o feriado de 15 de novembro com um casal de amigos em Imbituba.


Lá, um homem que também mora com o casal na cidade litorânea se juntou ao grupo. No domingo (14), todos foram a uma balada na capital, onde a jovem foi vista pela última vez.


De acordo com o advogado da família, Michael Rodrigues Pinheiro, o trio é natural de Canoas. No depoimento à polícia, os suspeitos apresentaram contradições.


A família contou que Amanda mandou uma mensagem de áudio pelo WhatsApp a uma sobrinha, na noite de 15 de novembro, dizendo que iria pegar um carro por aplicativo para retornar para a casa, no Paraná.


O delegado Bruno Fernandes contou, em coletiva de imprensa, que a jovem foi obrigada a gravar a mensagem para despistar os familiares.

AMIGA DA VÍTIMA FOI PRESA SUSPEITA


O trio de suspeitos -composto por um casal que acompanhou Amanda em uma viagem durante o feriadão da Proclamação da República e um homem, visto com ela na festa- foi preso em Canoas (RS).

Eles moravam juntos em Imbituba, a 90 km de Florianópolis, e hospedaram Amanda no feriado. A vítima saiu de Fazenda Rio Grande (PR) para curtir a folga.


Assim, a Polícia Civil passou a tratar os amigos como suspeitos no desparecimento após informações desencontradas nos depoimentos deles ao longo da investigação, informou o delegado Bruno Fernandes.


Após coletar elementos que ligavam o trio ao desaparecimento, a Polícia Civil conseguiu na Justiça um mandado de prisão temporária por 5 dias contra os envolvidos.


Em interrogatório, um dos amigos confessou que a matou e indicou a localização do corpo, em uma cova rasa, na praia de Itapirubá.


Pouco antes de morrer, Amanda chegou gravar um áudio e mandou por WhatsApp para uma parente informando que pegaria um carro de aplicativo para retornar para casa, no Paraná.


De acordo com a Delegacia de Investigação Criminal de Laguna, responsável pelo inquérito, Amanda mandou o áudio obrigada pelo suspeito como uma maneira de despistar a investigação.

Depois da mensagem, a vítima ainda cavou a própria cova com uma pá e acabou morta com dois tiros, revelou o suspeito.


“O suspeito contou que levou Amanda até a praia de Itapirubá e obrigou que ela cavasse a própria cova. Antes de ser morta, ainda a ordenou a gravar um áudio aos familiares dizendo que pegaria um carro de aplicativo para retornar ao Paraná”, contou ontem o delegado Bruno Fernandes, em coletiva de imprensa.


VÍTIMA FOI MORTA APÓS VER ARMA COM SUSPEITO


A investigação concluiu que Amanda e os amigos foram para Jurerê Internacional durante o dia, em 14/11. De lá, retornaram à noite para Imbituba.


Na noite de 15/11, Amanda teria visto uma arma de fogo com um dos suspeitos no imóvel. Ela teria batido uma foto e encaminhado a outras pessoas, o que motivou o descontentamento do suspeito.

Amanda Albach
Última foto de Amanda Albach publicada em seu Instagram


“A investigação aponta que a Amanda viu uma arma de um desses investigados, bateu uma foto e encaminhou a terceiros. Essa pessoa se descontentou e decidiu dar fim à vida dela porque sentiu que corria algum risco de ser denunciado”, informou o delegado.


Apenas o suspeito de portar a arma de fogo já tinha passagem pela polícia, pelo crime de tráfico de drogas. A Polícia Civil diz que os outros dois que hospedavam Amanda não participaram nem presenciaram a cena do crime, mas acabaram se omitindo.


A Polícia Civil ainda não informou se algum dos três suspeitos já teve defesa constituída. A reportagem segue tentando contato e este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.

JOVEM MORTA EM PRAIA DE SC JÁ HAVIA PERDIDO 2 IRMÃOS ASSASSINADOS

Amanda Albach não foi a primeira de sua família vítima de homicídio. Em 2010, quando tinha apenas dez anos, ela teve uma irmã e um irmão assassinados: Francieli Albach de Souza Silva, de 23 anos, e Guilherme Albach de Souza Silva, de 11.


A informação foi confirmada a reportagem pelo advogado da família, Michael Pinheiro. Ele disse que o assassinato dos irmãos de Amanda teria sido um possível “acerto de contas”, mas não soube detalhar os desdobramentos das investigações.


O assassinato dos irmãos da jovem aconteceu em janeiro de 2010, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba.


À época, a imprensa paranaense noticiou que Francieli e seu companheiro eram suspeitos de tráfico de drogas. Ela foi morta no sofá de casa durante a madrugada. Guilherme teria acordado com os tiros e também acabou sendo assassinado. O filho de Francieli, de apenas 3 anos, teria sido poupado.


A reportagem procurou a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Paraná, mas não obteve retorno sobre o caso de 2010.