09 de maio de 2024

Fraudes no IPTU de Limeira: tudo sobre o esquema criminoso que desviou milhões dos cofres públicos

Prefeitura identificou movimentações suspeitas em março. Em 23 de junho, o Gaeco do Ministério Público e a Polícia Civil deflaram a Operação Parasitas em que prenderam 9 pessoas; 3 estão foragidos. Sexta (15), o Ministério Público denunciou 10 à Justiça. Condenações podem passar de 100 anos.


Por Redacao 019 Agora Publicado 19/07/2022
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Fraudes no IPTU de Limeira
Fraudes no IPTU de Limeira: tudo sobre o esquema criminoso que desviou milhões dos cofres públicos

Em 23 de junho, o Gaeco do Ministério Público e a Polícia Civil deflagaram a Operação Parasitas para investigar um suposto esquema criminoso que atuava dentro da Prefeitura de Limeira fraudando dívidas de IPTU, transferências e alterações em cadastros de imóveis.

O objetivo da Operação Parasitas foi desarticular o grupo e,então, os agentes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em Limeira, Campinas, Rio das Pedras e Piracicaba.

Nove pessoas foram presas. No entanto, três continuam foragidos.

Dois presos conseguiram a liberdade.

REPRESENTAÇÃO PARTIU DA PREFEITURA

Em março, ao constatar movimentações atípicas no Sistema Tributário Municipal, em primeiro lugar, a Prefeitura, formulou uma representação e encaminhou à Delegacia Seccional de Limeira.

Antes de tudo, o delegado Antônio Luis Tuckumantel instaurou um inquérito policial para investigar as supostas fraudes.

A medida foi uma determinação do prefeito Mario Botion assim que o fato foi constatado pelas secretarias de Urbanismo e de Fazenda.

Além disso, a Secretaria de Assuntos Jurídicos instaurou processo administrativo para apurar a conduta de quatro servidores municipais de Limeira e dos beneficiados pelo esquema.

Em princípio, 170 imóveis apresentaram movimentações suspeitas. Dessa forma o montante das fraudes pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos.

FRAUDES SERÃO ANULADAS


“A Administração Pública não pode permitir em seu meio pessoas que usem da fé pública para se beneficiar indevidamente, usando de esquemas fraudulentos para enriquecimento ilícito”, salientou o prefeito Mario Botion.

O prefeito Mario Botion fala sobre as fraudes em entrevista coletiva na Prefeitura de Limeira



“É nosso dever ético e um dever inerente ao cargo agir e tomar providências, medida que adotei de forma imediata”, emendou. Botion ainda complementou: “o dinheiro dos impostos é necessário para manter o serviço público que beneficia toda a população”.


COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA DE FRAUDES NO IPTU EM LIMEIRA

Promotores do Gaeco do Ministério Público detalham o esquema criminoso de fraudes fiscais em Limeira em entrevista coletiva

Em entrevista coletiva realizada no dia 23 de junho, as autoridades do Gaeco do Ministério Público, Polícia Civil e da Prefeitura detalharam a Operação Parasitas.

No momento em que o caso foi constatado em março, a empresa fornecedora do software abriu o sistema de backup de segurança para confrontação dos registros existentes com as movimentações dos dados, situação que acabou por revelar divergências, além da criação de login de usuário falso.

A fraude se caracterizou sobretudo pelo cancelamento de dívidas.

Assim, com a instauração do inquérito, as secretarias de Urbanismo, Fazenda, Assuntos Jurídicos e Segurança Pública passaram a fornecer à Polícia Civil todas as informações relativas à prática de fraude.

Desse modo, os suspeitos – servidores, ex-servidores e outras pessoas – foram identificados.

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES



A Polícia Civil requisitou judicialmente a quebra dos sigilos telefônicos dos suspeitos, e, assim, passou a monitorar conversas e movimentos das pessoas investigadas.

As escutas revelaram, em seguida, que vários suspeitos estavam envolvidos nas práticas criminosas, inclusive com captação de clientes interessados em cancelar suas dívidas. 

Igualmente com a adulteração de documentos públicos e violação dos sistemas, os envolvidos forjaram escrituras públicas para fins de registro em Cartórios de Imóveis de propriedades que tiveram os tributos cancelados indevidamente.

Por fim, os acusados ainda se valeram de coação a inquilinos de imóveis fraudados, além de ameaças a servidores públicos.



PREJUÍZO PODE ULTRAPASSAR R$ 3 MILHÕES

As inconsistências confirmadas com a investigação envolveram vários imóveis. Assim, o cancelamento indevido de dívidas tributárias em torno de R$ 3 milhões em valores atualizados.


Logo depois, com as apurações administrativas da Prefeitura, todos os atos de baixa indevida de dívidas e transferência irregular de imóveis no cadastro público serão cancelados. Dessa forma, não haverá prejuízo aos cofres públicos e aos proprietários originários dos imóveis que já foram identificados.

PREFEITO ENALTECE TRABALHO DA POLÍCIA CIVIL E MINISTÉRIO PÚBLICO



O prefeito Mario Botion enalteceu o trabalho de investigação da Polícia Civil e o Ministério Público, e também as secretarias municipais.

“Contamos o tempo todo com um importante trabalho policial, que foi muito bem executado, e com toda colaboração das secretarias municipais, que deram o suporte necessário as investigações”, declarou.

O prefeito diz igualmente esperar a condenação dos acusados.

“Demos mais uma prova inequívoca de realizarmos um governo pautado pela seriedade e integridade”, afirmou. 

PREFEITURA EXONEROU SERVIDORES PRESOS NA OPERAÇÃO PARASITAS

Em seguida, o prefeito Mario Botion (PSD) exonerou os 4 servidores públicos presos. As portarias foram publicadas no Jornal Oficial do Município da sexta-feira (24).

  • Ricardo Dionísio Gomes, Chefe de Relacionamento Legislativo, da Divisão de Projetos, ligada à Secretaria de Gestão Estratégica, com salário de R$ 8.395,54;

  • Samuel Andrade de Souza, que tinha o mesmo cargo e mesmo salário, só que na Divisão de Patrimônio da Secretaria de Administração; e

  • D.A.L., Chefe de Atendimento ao Munícipe da Secretaria de Urbanismo, com salário de R$ 5.327,94.

E, por fim, teve sua portaria revogada, por ser efetivo,

  • Maicon Douglas de Araújo, Assistente Administrativo com função gratificada de Gerente da Divisão da Dívida Ativa, cargo da Secretaria de Fazenda, também com salário de R$ 8.395,54.

CÂMARA ABRE CPI PARA INVESTIGAR FRAUDES NO IPTU DE LIMEIRA

Na sexta-feira (24), o vereador Francisco Maurino dos Santos, o Ceará (Republicanos), protocolou na um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes no IPTU de Limeira.

Câmara Municipal de Limeira aprovou na noite da segunda-feira (27), a abertura da CPI do IPTU. A proposta foi aprovada por meio do Requerimento 390/2022.

A composição da CPI do IPTU foi definida na tarde da segunda-feira (4), posteriormente indicação dos blocos partidários.

Reunião da CPI do IPTU de Limeira
Primeira reunião da CPI do IPTU na Câmara Municipal de Limeira

Participam da investigação os vereadores Ceará (Republicanos), Everton Ferreira (PSD), Júlio César Pereira dos Santos (União Brasil), Elias Barbosa (PSC) e Lu Bogo (PL).

O vereador Elias Barbosa é o presidente e o vereador Everton Ferreira, o relator.

Em uma atitude inédita, de acordo com entendimento do Jurídico da Câmara a convocação de agentes públicos, passará por votação do Plenário.

PRIMEIRA REUNIÃO DA CPI DO IPTU OUVE SECRETÁRIO DA FAZENDA JOSÉ VIDOTTI

secretário municipal de Fazenda, José Aparecido Vidotti, foi ouvido pela CPI que investiga as fraudes nos IPTUs, na sexta-feira (15).

Vidotti foi um dos primeiros secretários a ser informado do esquema de corrupção que acontecia na Prefeitura de Limeira.

depoimento do secretário durou quase 4 horas.

DEPOIMENTO DE VIDOTTI NA CPI DO IPTU DE LIMEIRA

Igualmente o secretário falou sobre como foram identificadas as irregularidades nas transferências de imóveis.

Ele contou que a Secretaria de Urbanismo informou à Secretaria de Fazenda, por meio de e-mail em 18 de fevereiro, que 23 imóveis foram transferidos irregularmente para uma única pessoa, Anderson Hara.

Para poder descobrir se a Prefeitura estava sendo vítima de uma invasão de hackers ou de um esquema de corrupção, a Administração Municipal e, assim, a empresa decidiram suspender os acessos de munícipes durante um fim de semana.

Assim, foi possível identificar que as transferências teriam sido feitas por um perfil falso criado por um funcionário da empresa iiBrasil, responsável por fornecer o software do sistema tributário utilizado pela Prefeitura. Ele teria usado, portanto, um nome semelhante ao de uma servidora municipal.

Vidotti relatou que ao observar a movimentação realizada pelo perfil falso, foi identificado não só as transferências irregulares, como também o cancelamento de dívidas.



“Quando tivemos a dimensão do que estava acontecendo, os secretários de Urbanismo, Fazenda, Segurança Pública e Assuntos Jurídicos se reuniram e nós levamos a informação ao prefeito Mario Botion, que determinou que fossem tomadas as providências para levar o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público”, informou.

COOPERAÇÃO NAS INVESTIGAÇÕES

O secretário também ressaltou que a fraude só pôde ser identificada graças à tecnologia oferecida pela empresa iiBrasil, que permitiu o rastreio e monitoramento das movimentações.

Questionado sobre padrões nos processos de cancelamento de dívidas ou nas transferências, Vidotti afirmou que não havia.

Os cancelamentos, segundo ele, variavam de R$ 4 mil a R$260 mil, mas informou que era rotineira a menção de processos administrativos inexistentes para embasar os cancelamentos. Por fim, em relação às transferências de propriedade, advertiu que havia a juntada de documentos públicos fraudados.

Participaram do evento os integrantes da CPI, vereadores Elias Barbosa (PSC), presidente; Everton Ferreira (PSD), relator; Lu Bogo (PL), secretária; Dr. Júlio (União Brasil) e Ceará (Republicanos), membros.

Bem como os vereadores Betinho Neves (PV),  Isabelly Carvalho (PT), Mariana Calsa (PL) e Helder do Táxi (MDB), o presidente da União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL), Artur Bueno Júnior, e a dirigente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), Kelli Cristina Estevam Scholl.


MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA 10 À JUSTIÇA

Gaeco denuncia 10 à Justiça por esquema criminoso em fraudes no IPTU em Limeira
O promotor de Justiça, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, do Gaeco, durante entrevista coletiva – Foto: Roberto Gardinalli/Agif/Folhapress

Na sexta-feira (15), o Ministério Público denunciou 10 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa à Justiça de Limeira.

A denúncia é assinada pelos promotores Luiz Alberto Segalla BevilacquaGustavo Luís de Oliveira ZampronhoAndré Camilo Castro Jardim e Alexandre de Andrade Pereira.

juiz Rogério Danna Chaib, da 1ª Vara Criminal de Limeira, vai analisar a denúncia.

De acordo com o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, as penas podem variar de 14 anos de reclusão a até mais de 100 anos de prisão.

ESQUEMA CRIATIVO



“O esquema é bastante criativo porque, com a participação imprescindível de servidores municipais, os suspeitos cancelavam dívidas de imóveis abandonados dentro do sistema da prefeitura, liberavam e alienavam esses imóveis”, afirmou o promotor.



“O município de Limeira, como vítima, constatou a irregularidade, alertou e está contribuindo com as investigações”, completou.

O CONTEÚDO DA DENÚNCIA

denúncia tem como base investigações realizadas há meses bem como o Inquérito Policial que culminaram na Operação Parasitas. No total, 12 pessoas foram alvos da operação, resultando na prisão de nove.

Dois suspeitos conseguiram liberdade e não estão no rol dos denunciados – as provas não indicaram participação efetivas deles.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA


Além das fraudes no IPTU, o esquema fazia alterações irregulares de cadastros e propriedades imobiliárias. Bem como parcelamentos e cancelamentos de tributos.

Até o momento, de acordo com levantamento da própria Prefeitura de Limeira, que denunciou o esquema criminoso, cerca de 170 imóveis tiveram movimentações suspeitas em apenas seis meses.

Um dos imóveis devedores quitados de forma ilegal, por exemplo, foi no valor de R$ 60 mil, em um condomínio de altíssimo padrão de Limeira.

DENUNCIADOS



Três dos denunciados seguem foragidos e 7 estão presos – incluindo os dois “comandantes” do esquema. Ambos atuaram como comissionados na Prefeitura, no setor tributário.

Um deixou o cargo no ano passado e tem ligações com empresa que fornece o Sistema Tributário Municipal.

O outro foi exonerado, pelo prefeito Mario Botion (PSD) um dia após ser preso. Outras quatro exonerações também ocorreram de pessoas ligadas ao esquema.

APONTAMENTOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

denúncia do Ministério Público aponta crimes relatados em inquérito policial que a Educadora primeiramente teve acesso:

  • organização criminosa;

  • falsificação de documentos públicos;

  • falsidade ideológica;

  • inserção de dados falsos em sistema de informação;

  • ameaça.

AS FRAUDES FISCAIS EM LIMEIRA

Para o desenvolvimento das fraudes, os integrantes se dividiam em suas tarefas da seguinte forma, de acordo com o MP:

  • 1-) Os responsáveis pelas alterações de cadastros e registros de imóveis;

  • 2-) Os “Corretores”, incumbidos da captação de “clientes”;

  • 3-) Os responsáveis pela parte burocrática das transferências fraudulentas de titularidade de imóveis junto aos Registros de Imóveis; e

  • 4-) Os que atuavam como “proprietários” dos imóveis transferidos fraudulentamente para o nome deles.

No relatório da Polícia Civil, também é apontado como a organização criminosa agia:

  • 1-) O grupo promovia levantamento de imóveis abandonados, com dívida de IPTU, cujos proprietários não respondiam as notificações e que, aparentemente não seriam reclamados por ninguém;

  • 2-) Cancelavam tributos municipais, de maneira irregular, por exemplo, sem processo administrativo ou decisão do chefe da pasta, mediante o recebimento “por fora” de valores dos contribuintes inadimplentes.

Em síntese, todos esses dados ficaram evidenciados em documentos fornecidos pela Prefeitura.

OS 10 DENUNCIADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO POR FRAUDES NO IPTU EM LIMEIRA

Ministério Público denunciou 10 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que atuava em fraudes no IPTU em Limeira.


1-) M.D.A.

Funcionário público efetivo da Prefeitura Municipal de Limeira. Exercia, até a sua prisão, a função de Gerente de Divisão de Dívida Ativa da Secretaria Municipal da Fazenda.

Seria o “cabeça” da organização criminosa de acordo com o Ministério Público.

Assim, por ter acesso total ao Sistema Tributário Municipal, software que controla os lançamentos tributários de Limeira, ele foi parte imprescindível para a execução dos delitos.



2-) C.B.

Atuou como servidor da Secretaria de Fazenda de Limeira, na Divisão de Dívida Ativa. Foi desligado em 20 de maio de 2021. Em seguida, passou a trabalhar para a empresa ii-Brasil, responsável pelo Sistema Tributário Municipal.

É apontado como uma das “engrenagens principais” da organização criminosa, pois, atuava no “primeiro escalão”, ao lado de M.D.A., nas decisões mais importantes do esquema.

Por ter a senha e conhecimento técnico do sistema tributário, sua conduta foi, portanto, fundamental para o êxito das operações ilícitas da organização.


3-) S.A.S.

Ocupou cargo em comissão. Estava diretamente ligado aos denunciados M.D.A. e C.B. na organização criminoso conforme investigação do Ministério PúblicoS.A.S. atuava diretamente na captação de “clientes”, na intermediação com a cúpula da organização e na manipulação do sistema de cadastro imobiliário da Prefeitura junto à Secretaria de Urbanismo.





4-) O.V.S.

Apontado pelo Ministério Público como “vendedor” e “operador” das fraudes, principalmente, nas adulterações de documentos, como, por exemplo, certidões de Cartórios.




5-) R.D.S.

Indiciado por manter ligação direta com M.D.A. e C.B.. Atuava na captação de “clientes” e também na efetivação das fraudes no Sistema Tributário.


Fraudes no IPTU em Limeira investigação aponta ao menos 6 crimes e cabeça do esquema como “sociopata”
Dinheiro e materiais apreendidos na Operação Parasitas – Foto: José Roberto Bernardo (Educadora/eLimeira)



6-) C.R.G.

Conhecido por um apelido era “corretor” e também atuava na captação de “clientes” para a organização criminosa, de acordo com o Ministério Público. Suas tratativas eram diretas com M.D.A..


7-) C.A.L.G.

Corretor de imóveis de prestígio em Limeira. Também chamado por um apelido e estava ligado diretamente a M.D.A.. Atuava na captação de “clientes” em troca de um percentual das negociações ilícitas.


😎 E.G.D.

Também apontado pelo Ministério Público como responsável pela captação de “clientes”. As investigações apontam sua relação direta com M.D.A..



9-) A.H.

De acordo com as investigações do Ministério PúblicoA.H. era uma espécie de “laranja” da organização criminosa. Ele permitia, por exemplo, o uso do seu nome para a realização de alterações fraudulentas de cadastros e documentos em Cartórios de Registros de Imóveis e no Sistema Tributário da Prefeitura.



10-) S.I.S.

Analogamente a A.H. sua participação na organização criminosa, de acordo com o Ministério Público, teve relação com fraudes em documentos, como, por exemplo, procurações e certidões.



Os ex-servidores municipais L.M.S e D.A.L., no entanto, não foram indiciados. Eles tiveram as suas prisões revogadas.

OS CRIMES APONTADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

Os principais crimes apontados na denúncia do Ministério Público são:

  • organização criminosa;
  • falsificação de documentos públicos;
  • falsidade ideológica;
  • inserção de dados falsos em sistema de informação;
  • ameaça.

Nem todos os denunciados – já que eles tinham funções diferentes dentro do esquema – foram enquadrados em todos esses crimes.

Para os cabeças, por exemplo, o MP aponta o crime de “inserção de dados falsos em sistema de informação” por 475 vezes, e também ameaça. Além disso, há indícios de ligações deles com a facção PCC.

AMEAÇAS E PCC


Conforme a Educadora mostrou, interceptações telefônicas apontam, inclusive, ameaças do homem cabeça do esquema ao secretário da Fazenda José Aparecido Vidotti e a outros servidores lotados em secretarias municipais.

Não está descartada, entretanto, a ligação de um dos integrantes – que está preso – à facção criminosa PCC.

delegado que atuou no caso, Leonardo de Oliveira Bürger Monteiro Luiz, conforme apurado pela Educadora, cita o cabeça do esquema como um “sociopata”.

*Com informações da Educadora e do Portal eLimeira