09 de maio de 2024

UCO da Santa Casa de Piracicaba concede alta a paciente depois de 77 dias na UTI

O processo de recuperação e reabilitação foi lento, mas a equipe se manteve ativa e confiante até que o quadro clínico de Wanderson se estabilizou, evoluindo à alta médica.


Por Redacao 019 Agora Publicado 02/07/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Wanderson Torrezan: “Vou para casa com a sensação de Fênix, pois eu também ressurgi das cinzas”
Wanderson Torrezan: “Vou para casa com a sensação de Fênix, pois eu também ressurgi das cinzas”

A emoção tomou conta de médicos, funcionários e, sobretudo, do paciente Wanderson Torrezan (48) e de sua esposa Sarita Torrezan (47), na manhã do último dia 22 de junho, quando ele teve alta da UCO-Unidade Coronariana do EMCOR – Departamento de Emergência do Coração da Santa Casa de Piracicaba, depois de 77 dias internado para tratar complicações advindas do pós-covid.

Ele foi internado no dia 08 de abril com descompensação clínica importante e posterior ruptura da válvula mitral, evoluindo rapidamente a choque cardiogênico e insuficiência renal com necessidade de diálise, choque séptico e ventilação assistida.

Tendo à frente um grupo de profissionais altamente especializados, o paciente precisou de monitorização multiparamétrica com monitor Edwards de última geração, disponível em poucos centros médicos do país, sendo submetido posteriormente a procedimento cirúrgico para troca da válvula mitral.

O processo de recuperação e reabilitação foi lento, mas a equipe se manteve ativa e confiante até que o quadro clínico de Wanderson se estabilizou, evoluindo à alta médica.

“Obrigado pelo carinho; que Deus abençoe e proteja cada um de vocês no dia de hoje e pela  eternidade”, disse Wanderson, quando foi recebido pela equipe e sua esposa no momento em que teve alta hospitalar. “Vou para casa com a sensação de Fênix, pois eu também  ressurgi das cinzas e, neste momento tão glorioso, eu sei que tenho a oportunidade de fazer diferente”, disse.

Visivelmente emocionada, Sarita revelou que viu seu esposo “praticamente sem vida”.  Ela conta que comemora 25 anos de casada em breve e que ter o esposo de volta foi a coisa mais importante que lhe aconteceu.  “Eu estive aqui por  77 dias e pude ver o trabalho de cada um de vocês, atuando em silencio para devolver o pai a uma criança de seis anos e uma adolescentes de 18”, disse.

O cardiologista Guilherme Reis Rodrigues Alves, que concedeu alta a Wanderson, lembrou que durante os 77 dias de internação, a equipe nunca deixou de acreditar na vida. “Você nos deu um dos maiores exemplos que a vida tem para oferecer, pois se a gente melhora um pouco a cada dia, apesar de qualquer dificuldade que exista,  é possível  alcançar a excelência necessária à superação”, disse o médico  ao parabenizar o paciente pela jornada vitoriosa.

Para a Enfª coordenadora da UCO  e do Pronto Socorro Cardiológico do EMCOR da Santa Casa, Cláudia Bortoletto, celebrar a vida tem sido uma das múltiplas atividades da Unidade Coronariana, onde atuam médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, farmacêuticas, nutricionistas, psicólogas, fonoaudiólogas e assistentes sociais que, juntos, celebram as altas concedidas a cada paciente. “Esta é uma das maiores dádivas, pois temos como missão “devolver” o paciente a sua família”, considerou.

Segundo o cardiologista Humberto Passos, médico coordenador da UCO, o resultado é fruto de muita ciência aplicada à vida humana em associação a uma boa dose de fé, trabalhada todos os dias durante a oração que precede a reunião clínica diária na Unidade.

A gestora do cuidado, Enf Denise Laustenchlaeger, complementa o raciocínio lembrando que, apesar da sobrecarga advinda das milhares de internações por covid 19, a equipe nunca abriu mão da qualidade do serviço prestado. “Acolher e oferecer o melhor tratamento de maneira humanizada é um dos valores cultuados na UCO, referência em tratamento cardiológico”, afirmou.