26 de abril de 2024

Trabalho na área visual do João Fischer de Limeira é tema de conferência na Austrália


Por Redacao 019 Agora Publicado 01/08/2019
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O trabalho de acessibilidade desenvolvido pelo Centro Educacional João Fischer Sobrinho – área visual – será tema da 17ª Conferência Mundial de Surdocegos (17th Deafblind International World Conference 2019), que será realizada na Austrália de 12 a 16 de agosto. O serviço, mantido pela Prefeitura de Limeira, por meio do Ceprosom, é objeto de pesquisa da professora doutora Maria Aparecida Nina Cormedi, que será uma das palestrantes no painel de acessibilidade da conferência. O evento conta com profissionais do mundo todo que trabalham com o tema e possui outros dois painéis: comunicação e tecnologia.

A pesquisadora de São Paulo levará as boas práticas de Santana do Ipanema (AL), além de Limeira. Para isso, avaliou in loco o trabalho desenvolvido em duas instituições das cidades. A Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE), na cidade alagoana, e o João Fischer – área visual –, em Limeira, onde está nesta semana e avalia as boas práticas do centro educacional, e também oferece orientação aos pais dos atendidos pela entidade. Antes, ela conheceu a instituição de Alagoas. Segundo Maria, durante a conferência, ela explorará a qualidade de ambos serviços, mesmo sendo oferecidos em cidades de realidades culturais e de desenvolvimentos diferentes.

Conforme Maria, a cidade do Nordeste brasileiro possui dificuldades sociais, mas isso não afeta o atendimento oferecido pela ONG. Segundo ela, em Limeira é oferecido, por exemplo, o transporte gratuito para as pessoas se locomoverem até a entidade, diferente de Alagoas. “No entanto, em ambas cidades, é possível observar atendimentos de qualidade, oferecidos a uma população que cresce cada dia mais e se torna cada vez mais desafiadora”, explica.

De acordo com a pesquisadora, que é graduada em fonoaudiologia e pró-doutorada em educação, a qualidade do atendimento se deve a três pontos: disposição pessoal das famílias, dos profissionais e da instituição; o trabalho em grupo e colaborativo dos profissionais; e um programa de atendimento às crianças. “Em Limeira vemos uma equipe muito bem preparada e comprometida”, cita. Ainda segundo ela, o mesmo comprometimento é constado em Alagoas.

Para a coordenadora do centro educacional de Limeira, Adriana Vasconcelos Casimiro, ter o trabalho do João Fischer reconhecido internacionalmente demostra que a equipe está no caminho certo. “É um privilégio sermos objeto dessa pesquisa, pois é um reconhecimento ao trabalho que fazemos aqui”, afirma. Segundo Adriana, que trabalha há 27 anos na instituição, são atendidos, em média, 80 pessoas e famílias no serviço da prefeitura.