O tipo de criação do pet faz toda diferença no relacionamento

O tutor deverá reconhecer que o amor incondicional o torna especial independente do jeito que ele se comporta


Por Redacao 019 Agora
O tipo de criação do pet faz toda diferença no relacionamento

Atualmente o Brasil já conta com mais cães do que crianças nos lares, segundo o último levantamento do IBGE, realizadas em 2019. Não importa se ele possui uma raça definida ou não, é preciso ter em mente que todo animal é único e insubstituível.

“Um cão cuja raça é reconhecida como agressiva não significa necessariamente que ele terá essa característica. A maneira como o animal é criado faz toda a diferença no relacionamento”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Cada animal tem a sua personalidade. Uns podem ser mais ciumentos e carentes, outros, podem ser mais sossegados e, até mais inteligentes e espertos. O tutor deverá reconhecer que o amor incondicional o torna especial independente do jeito que ele se comporta. A questão do vínculo de amizade é essencial. É importante combinar o perfil de personalidade do tutor com a do animal. Se o temperamento de ambos não se alinhar, o tutor pode ficar estressado com o animal e, há o risco de abandono.

O isolamento social pode ter sido uma esperança para os cerca de 3,9 milhões de pets em situação de vulnerabilidade no Brasil, ou ainda para os 172 mil animais tutelados por Organizações Não Governamentais (ONGs), bem cuidados, porém, à espera de um tutor.

Por outro lado, a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo Thaís Casagrande, mostra preocupação com as adoções por impulso. “O medo é que, ao fim da pandemia, quando as pessoas voltarem às atividades normais, estes animais sejam novamente abandonados na rua. Ou então, mesmo que continuem em casa com os novos tutores, voltem a sentir solidão, já que, neste momento, estão tendo atenção 24 horas por dia”.

Segundo ONGs protetoras de animais, desde abril de 2020, houve um aumento de 50% nas procuras por cães e gatos para adoção. “Neste cenário, os tutores devem estar atentos a alguns cuidados para garantir o bem-estar deste novo companheiro e adaptá-lo na rotina da casa, como a prevenção de pulgas e carrapatos nos ambientes”, salienta Vininha F. Carvalho.

“As pulgas consomem cerca de 15 vezes o seu peso em sangue. Por isso, podem causar anemia, a queda da imunidade, possibilitando a instalação de doenças oportunistas nos animais, como: DAAP, estresse, verminoses, zoonoses e eczemas”, comenta a bióloga e especialista em suporte técnico da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela.

Para que a proteção contra estas pragas seja devidamente eficaz, as pessoas devem conhecer os modos de ação tanto de medicamentos veterinários, como de produtos para o controle destes parasitas no ambiente. “O ciclo de vida das pulgas tem quatro fases: ovo, larva, pupa e adulta. A fase que vemos no animal é apenas a adulta, que representa 5% da infestação. As formas jovens são as 95% restantes e estão nos lugares onde o animal vive”, explica Maria Fernanda.

Para fortalecer o conceito de que cada cidadão deve ser responsável pelo seu animal, a campanha educativa intitulada Dia Nacional de Adotar um Animal será comemorada pelo 20º ano consecutivo, no dia 04 de outubro. “Através desta iniciativa bem-sucedida é possível estabelecer anualmente uma mobilização em prol do direito dos animais”, conclui Vininha F. Carvalho.

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