Somos polo, somos região e pulsamos como um só coração

Confira artigo de Andrea Ribeiro Gomes, secretaria municipal de Habitação e Gestão Territorial de Piracicaba


Por Redacao 019 Agora
Somos polo, somos região e pulsamos como um só coração; vista aérea da cidade de Piracicaba; região metropolitana de Piracicaba; RMP

Vista aérea de Piracicaba - Foto: Prefeitura Municipal de Piracicaba

A discussão da Região Metropolitana de Piracicaba vem se desenrolando desde 2012 quando fomos elevados ao grau de “Aglomeração Urbana”. E para quem não é urbanista, este termo “Aglomeração Urbana” não deve fazer nenhum sentido, mas aqui explico.

Dentre as formas de organização do território, em termos de junção político-administrativa de municípios, temos alguns quesitos básicos a serem respondidos, como relações de vizinhança, integração viária, trocas econômicas, cuidado ambiental, demanda habitacional, entre outras.

DIAGNÓSTICO



Feito um profundo diagnóstico urbanístico que responda a estas questões físicas, sociais, econômicas e ambientais territoriais, é possível que um conjunto de cidades se torne, primeiro, uma “microrregião”, e, em seguida, com o desenvolvimento sustentável das relações entre estes municípios, se torne depois um “aglomerado urbano”.

E se isto fosse um game, “microrregião” seria fase iniciante e “aglomerado urbano” seria fase intermediária, em termos de relevância das organizações territoriais formais de municípios adjacentes.

Acreditando que minha didática escrita está funcionando, você já está, portanto, deduzindo que a fase avançada do nível de importância de um conjunto de municípios no território é quando são elevados à “região metropolitana”. Exatamente!

A REGIÃO METROPOLITANA DE PIRACICABA



A Região Metropolitana de Piracicaba foi institucionalizada em 2021, tendo um diagnóstico de apoio técnico e logístico ao planejamento e governança para o desenvolvimento regional realizado pela renomada Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, que embasou nosso primeiro Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI-RMP/2022).

24 MUNICÍPIOS



Hoje somos 24 municípios que reúnem 1.510.144 habitantes (SEADE/2020):

TERRITÓRIO



Mas o que isto significa, de fato, para o território?

Nos níveis de planejamento urbano regional, por sermos região metropolitana instituída, temos mais força política, econômica e social para resolvermos questões em comum dos mais diversos municípios.

Em “urbanês”, estas são denominadas FPICs – Funções Públicas de Interesse Comum: áreas de ação do poder público que precisam ser trabalhadas entre dois ou mais municípios para que tenhamos um resultado concreto e satisfatório para todos.

E você que está lendo este artigo deve estar se perguntando quais questões territoriais seriam estas tais de FPICs. Pois bem! Imagine um problema onde um município dependa do outro.

Assim, neste momento, temos vários leitores pensando nas questões de transporte, abastecimento de água, habitação social, emprego e renda, preservação ambiental, agricultura e abastecimento, entre outros assuntos que são, com certeza, regionalizados.

Estes, e outros apontados no PDUI-RMP, são os problemas que nossa região precisa enfrentar. São os assuntos para sentarmos e conversarmos juntos, porque ser Região Metropolitana não é só mais um título importante para nossos municípios.

Ser Região Metropolitana significa muito trabalho, muitos estudos, muito diálogo bem como muita criatividade para inovarmos nas soluções que devem atender os municípios nos princípios da equidade territorial, social, ambiental e econômica.

É uma grande honra, portanto, Piracicaba ser o polo da RMP e entendemos que cada município tem um papel essencial na busca de um futuro melhor.

Somos polo, sim, mas antes de tudo somos região e seguimos de mãos dadas buscando pulsar juntos como um só coração!

Andrea Ribeiro Gomes
é secretária municipal de Habitação
e Gestão Territorial


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